ORIENTAÇOES TEMAS COLOPROCTOLOGIA - 2015 PROCTOCOLON

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Colonoscopia

A colonoscopia é um meio seguro e eficaz de se visualizar toda a extensão do revestimento interno do cólon (intestino grosso) e do reto, usando um instrumento longo, flexível e tubular. É usada para diagnosticar problemas do cólon e reto. Permite também a realização de biópsias e a remoção de pólipos.


A maioria das colonoscopias é feita com mínimo desconforto e inconvenientes, sem necessidade de internação hospitalar.

Quem deve se submeter a uma colonoscopia?


Seu médico pode recomendar a realização do exame colonoscópico se você teve alteração do hábito intestinal ou evacuação de sangue, indicando a
presença de um possível problema do cólon e do reto.

A colonoscopia também é necessária para:

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Verificação de sintomas abdominais inexplicados.

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Casos de doença inflamatória intestinal.

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Verificar achados de pólipos e tumores através do exame contrastado do

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Examinar pacientes com teste positivo de pesquisa de sangue nas fezes.

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Monitorizar pacientes com passado de pólipos e câncer no cólon.

Como é realizada a colonoscopia?


O intestino deve ser inicialmente preparado através da limpeza de todos os resíduos existentes no seu interior. Isto é feito um ou dois dias antes do exame, conforme prescrição médica.

O colonoscópio é introduzido e quando possível é avançado em direção a porção do cólon onde o intestino delgado desemboca. Durante o exame completo do intestino grosso, o médico examinador poderá remover pólipos ou realizar biópsias quando necessário.O procedimento geralmente dura menos do que uma hora. Pode ocorrer dor leve, portanto uma leve sedação é dada quando for necessária para aliviar a ansiedade e o desconforto.

Após a colonoscopia, pode ocorrer um leve desconforto, que rapidamente melhora com a eliminação dos gases intestinais. A maioria dos pacientes pode voltar a ingerir a sua dieta regular pouco tempo depois do

Quais são os benefícios da colonoscopia?


Com a colonoscopia, é possível detectar e remover a maioria dos pólipos

A colonoscopia é mais acurada do que os exames radiográficos do cólon para detectar pólipos e câncer na sua fase inicial. Freqüentemente, vários pólipos podem ser removidos durante o mesmo exame. A remoção do pólipo é muito importante para a prevenção do câncer do cólon.

Diverticulose colônica e Diverticulite





Diverticulose do cólon é uma condição comum que afeta aproximadamente 50% das pessoas na idade de 60 anos, e a maioria das pessoas na idade de 80 anos. Apenas uma pequena porcentagem daqueles com Diverticulose têm sintomas, e poucos são submetidos a cirurgia.

O que é diverticulose ?

Divertículos são saculações que se desenvolvem na parede do cólon, geralmente no cólon sigmóide ou esquerdo, ou ainda podem se desenvolver em todo cólon. A Diverticulose representa a presença destas saculações.


O que é  diverticulite ?

Diverticulite é a inflamação ou presença de complicações nessas saculações.


Quais são os sintomas?

Os sintomas mais freqüentes da doença diverticular são a dor (geralmente no abdome inferir esquerdo), diarréia, cólicas, alteração do hábito intestinal e ocasionalmente, evacuação de grande quantidade de sangue. Estes sintomas ocorrem em pequena porcentagem dos pacientes com esta condição e algumas vezes é difícil diferenciá-la daSíndrome do Intestino  Irritável.
A diverticulite pode apresentar os seguintes sintomas: dor, calafrios, febre e alteração do hábito intestinal.
Alguns sintomas mais intensos estão associados com complicações mais sérias como perfuração, abscesso ou formação de uma fístula.


Qual á a causa da doença diverticular?

Existem indicações científicas de que uma dieta com baixa quantidade de fibras, ao longo de vários anos, gera um aumento na pressão no interior do cólon, resultando na formação dos divertículos.
Há alguns anos, a ingestão de frutas e outros alimentos com sementes (como uvas e tomates, por exemplo), bem como castanhas e pipoca, era desaconselhada pelos médicos. Acreditava-se que os resíduos indigeríveis desses alimentos poderiam ficar presos nos divertículos e causar problemas.  Não havia base totalmente científica para essa recomendação.
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard com 47 mil homens e divulgado em uma das publicações médicas mais conceituadas dos Estados Unidos, o Journal of the American Medical Association, concluiu que não há maior risco de desenvolvimento de diverticulose ou de complicações da patologia devido ao consumo desses ingredientes.

Como os divertículos são tratados?

A doença diverticular é geralmente tratada por dieta, e ocasionalmente com medicações que ajudam a controlar a dor, cólicas e a alteração do hábito intestinal. O aumento da quantidade de fibras na dieta (cereais, legumes e verduras, etc.), e a restrição de alguns alimentos (bebidas alcoólicas e cafeinadas) diminuem a pressão do cólon, tornando as complicações menos prováveis de acontecerem.
A diverticulite requer manejo mais intenso. Em casos leves pode-se conduzir o caso sem hospitalização, mas esta decisão deve ser tomada pelo seu médico. O tratamento geralmente consiste de antibióticos, restrição dietética e possivelmente emolientes (amaciantes) das fezes.
Casos severos requerem hospitalização com antibióticos intravenosos e restrição dietética. A maioria dos ataques agudos pode ser resolvida com tais métodos.
A cirurgia é reservada para casos recorrentes, complicações ou ataques severos quando ocorre pequena resposta ou nenhuma a medicação. Na cirurgia, geralmente parte do cólon - comumente o esquerdo ou cólon sigmóide - é removido e abertura do cólon remanescente é conectada a parede abdominal, como uma colostomia ou "anastomosada" (conectada) ao reto. Habitualmente ocorre uma completa recuperação, e a função normal do intestino geralmente é recuperada em três semanas.







SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (SII)

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma desordem comum que pode afetar mais de 30% das pessoas em alguma fase de suas vidas. Esta desordem tem vários outros nomes, incluindo cólon nervoso, cólon espástico, intestino espástico, colite mucosa e colite espástica. Entretanto, ela não deve ser confundida com outras doenças como colite ulcerativa ou a Doença de Crohn.

SII é uma síndrome, um grupo de sintomas que ocorrem em conjunto como dor e distensão abdominais. Ela não é uma doença no sentido estrito da palavra (isto é não é contagiosa nem pode ser curada por medicamentos ou cirurgia). Ela também não ameaça a vida.

Quais são os sintomas da SII?

Pessoas com SII podem apresentar constipação intestinal, diarréia, ou constipação em alguns períodos e diarréia em outros. Pode, também, ocorrer cólicas abdominais, urgência para evacuar, sensação de distensão gasosa no abdome. Muco, algumas vezes eliminado com a evacuação, é um sintoma de SII.
O sangramento retal nunca é causado pela SII, e qualquer sangramento deve ser adequadamente e amplamente investigado.

O que causa SII?


A causa desta desordem é uma anormalidade no funcionamento das contrações intestinais. Os músculos intestinais, que constituem a camada externa do intestino, funcionam automaticamente para mover os produtos da digestão ao longo do intestino em direção ao reto e o ânus. Mesmo quando a musculatura intestinal não apresenta anormalidades ao exame microscópico, ela pode funcionar de forma anormal - contraindo fortemente ou fracamente, muito lento ou rapidamente, em certos períodos.Embora não exista uma obstrução mecânica, o paciente pode apresentar cólicas ou um bloqueio funcional.

Qual o papel que o estresse exerce na SII?


O estresse emocional pode contribuir para a SII. O cérebro e o intestino estão conectados intimamente por fibras nervosas que controlam o funcionamento automático dos músculos intestinais, e várias pessoas podem apresentar náuseas ou diarréia quando nervosos ou ansiosos. Enquanto nós não formos capazes de controlar as tensões
emocionais, o estresse se manifestará em nossos intestinos. Reduzindo as fontes de estresse em nossas vidas - alta tensão emocional no trabalho, na família, etc. - podemos aliviar os sintomas da SII.

Como se pode chegar à conclusão que o problema é decorrente da SII e não de outra causa?


Uma história clínica cuidadosa e o exame físico do cólon e do reto por um colo-proctologista é essencial para um diagnóstico apropriado. Alguns exames como, retossigmoidoscopia rígida ou flexível, colonoscopia, pesquisa de sangue oculto nas fezes, enema opaco (radiografia contrastada do intestino grosso) e avaliação psicológica, podem ser realizados para assegurar, que os sintomas apresentados não são causados por outros problemas, e excluir a existência de outras doenças e desordens como: câncer, diverticulite, inflamação intestinal ou depressão, por exemplo.

Como a SII é tratada?


O simples entendimento que a SII não é uma condição séria ou que ameaça a vida, pode aliviar a ansiedade e o estresse. O aconselhamento psicológico e treinamento de r
elaxamento podem ajudar a reduzir o estresse proporcionando alívio dos sintomas em algumas pessoas.

Em outras pessoas, o aumento na ingestão de alimentos não digeríveis, formadores de bolo fecal (fibra alimentar), pode ser o suficiente para aliviar os sintomas. Adicionar fibra, como Psyllium, a sua dieta pode eliminar ou reduzir a severidade das cólicas, resultado do amaciamento das fezes que passam através do intestino mais facilmente; e
absorvendo o excesso de água no intestino, pode prevenir a diarréia.

Quando a maior queixa for constipação, água adicional deve ser ingerida junto com os alimentos ricos em fibras para amaciar as fezes.

Em alguns casos, dieta rica em fibra isoladamente não pode ser suficiente para proporcionar adequado alívio das cólicas e da sensação de distensão abdominal. Seu médico pode prescrever medicamentos que atuam diretamente sobre os músculos intestinais para colaborarem para retornarem as contrações ao normal. Algumas pessoas obtêm maior alívio com o uso de determinada medicação ao invés de outra. Portanto, seu médico pode recomendar mudanças das medicações para melhorar o alívio sintomático.

Deve-se evitar a ingestão de algum tipo de alimento para melhoria da SII?


É recomendável evitar alimentos contendo significativas quantidades de cafeína (café, chá, chocolate, refrigerantes cola), bebidas alcoólicas (cerveja, vinho e coquetéis) e produtos derivados do leite. Tais alimentos podem piorar os sintomas da SII.

Em algumas circunstâncias será recomendável evitar produtos de consumo diário, tais como queijo e leite, os quais podem provocar diarréia em algumas pessoas, e constipação em outros. Como estes alimentos são fontes de cálcio e outros nutrientes dos quais o nosso organismo necessita, é importante procurar substituí-los por alimentos com valor nutritivo semelhante.

Atenção: Fumantes, tenham cuidado. Os sintomas da SII podem ser agravados pela nicotina.

Quanto tempo de tratamento é necessário para se obter alívio dos sintomas?


O alívio dos sintomas é geralmente uma processo lento, pode levar 6 meses ou mais para se perceber uma melhora apreciável. É extremamente importante o paciente saber lidar com este problema.

A tendência para o intestino responder ao estresse estará sempre presente. Os sintomas da SII podem melhorar significativamente ou serem eliminados com atenção aos cuidados com a dieta, um acréscimo de fibras a dieta, e em alguns casos, o uso apropriado de medicamentos. Sintomas leves podem recorrer de tempos em tempos, mas raramente se tornarão mais do que um leve aborrecimento.

Pode a SII levar a problemas mais sérios?


SII não causa câncer, sangramento ou doença inflamatória, tais como colite ulcerativa. Com muito tempo de duração, a SII pode vir a estar associada com diverticulose, mas n
ão a provoca. Na diverticulose ocorrem saculações na parede intestinal, esta condição é de comportamento benigno, mas pode ocasionalmente resultar em diverticulite, uma condição inflamatória de um ou mais divertículos ou saculações no intestino que pode requerer cirurgia. O tratamento da SII com agentes formadores de bolo fecal também   ajudam a prevenir a diverticulose e outros problemas do cólon.

TROMBOSE HEMORROIDÁRIA EXTERNA


As hemorróidas são tecidos muito vascularizados localizados no ânus e no reto baixo. Baseado na sua localização, existem dois tipos de hemorróidas: externas e internas.

A trombose hemorroidária externa consiste na formação de um coágulo no interior de um vaso hemorroidário externo. Ela é percebida como um caroço duro doloroso ou sensível. Em um mesmo momento, podem surgir um ou mais coágulos. Ocorre sangramento se existir ruptura da pele local. O esforço evacuatório aumentando ou prolongado, o trauma anal Provocado por passagem de fezes endurecidas ou uma contração abdominal exagerada para carregar peso podem provocar o surgimento da trombose hemorroidária.

Sintomas leves podem ser aliviados freqüentemente pelo acréscimo de uma quantidade de fibra (isto é, frutas, vegetais, pão integral e cereais) e íquidos na dieta.

Eliminando o esforço excessivo para evacuar, reduz-se a pressão nas hemorróidas e ajuda a prevenir a protrusão.

Banhos de assento - sentar sobre água morna durante 5 a 10 minutos - pode proporcionar algum alívio.

Em casos moderados, poderá ser útil o uso de analgésicos e/ou pomadas anestésicas para alívio da dor. Observação: esses medicamentos não interferem acelerando a resolução do quadro, somente proporcionam alívio da dor, portanto devem seu utilizados somente com essa finalidade.  

Com essas medidas, a dor e o inchaço da maioria das hemorróidas reduzirão em 2 a 7 dias, e a nodulação firme deverá retroceder (será absorvida pelo próprio organismo) dentro de 4 a 6 semanas.

Em casos severos, dor persistente, seu médico deve ser consultado para remover o coágulo contido na hemorróida com uma incisão pequena sob anestesia local. A cirurgia geralmente proporciona alívio.

 
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